Relacionamentos e Maturidade
Eu sou basicamente uma
observadora da condição humana. Confesso que deveria ter aprendido bem mais, no
entanto ainda cometo erros abissais em minha existência. Tenho, por exemplo,
notado que muitas mulheres hoje em dia ainda amam se enganar no que diz respeito
aos homens. Elas pensam que estão “pegando” quando, na verdade, estão sendo
pegas. Sim, nos temos os mesmos desejos e necessidades deles, mas esses mesmos
desejos e necessidades não são satisfeitos da mesma maneira. Quando uma mulher
se dá para um homem não é algo simplesmente carnal; a grande maioria tem algum
sentimento pela criatura a quem estão dando a honra de tê-las.
Hoje eu ouvi um papo no mínimo
cômico entre duas mulheres que conheço. Uma contava para a outra a indireta que
deixou em uma rede social para o ex. E a coleguinha dizia que era forte demais
o que a primeira havia escrito. Ó, ZEUS! Forte para ela, não para o dito cujo
que, inclusive, já havia aprontado com outra. Agora eu me pergunto: por que
mulheres de mais de trinta viajam tanto na maionese? Seria isso resultado de
uma criação oprimida ou será que a “bestagem” entranhou de vez no Tico e no
Teco? Ou ainda somos tão românticas que acreditamos que “one day my prince will
come” (um dia meu príncipe virá)?
A realidade é que nós, mulheres,
acima ou abaixo dos trinta, nascemos para amar, para cuidar desses seres
desastrados que chamamos de “homens”. E não há mulher no mundo que, depois de
não ter sido procurada por algum deles no dia seguinte e subsequentes de um
encontro, não tenha se sentido um lixo, não tenha chorado, mesmo que escondida,
agarrada ao travesseiro, tentando amenizar os soluços e a dor de ter percebido
que foi usada e não amada.
Ser amada... É isso o que uma
mulher deseja. Tão simples como respirar e tão pouco percebido pelos homens é
essa necessidade nossa. Não é simplesmente uma noite, um breve momento de
prazer; precisamos ser amadas, loucamente, desesperadamente,
incontestavelmente amadas! A igualdade
que queremos é na vida profissional, na liberdade de escolha, na liberdade de
ação. Não pretendemos ter os mesmos sentimentos e atitudes masculinas, nossos
hormônios não permitem. Talvez por isso muitas de nós tentem criar esse mundo
ilusório onde os homens ainda se importam. Não, eles não se importam porque nos
dias de hoje é muito difícil um homem amar uma mulher. Há muita oferta, muita
facilidade; a beleza frívola é alimentada e, como são mais visuais do que tudo,
a maioria deles se deixa levar pela aparência, pela frivolidade, pela
sensualidade exposta em decotes baixos e saias muito curtas; em movimentos que
atiçam sua excitação e seu sentimento de animal e caçador. Não há espaço para o
caráter nesse jogo, não há espaço para o amor.
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